Magazine luiza
O road show da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na Bolsa de Valores, levou Luiza Trajano aos Estados Unidos, à Europa e ao interior do Brasil. A abertura de capital movimentou R$ 926 milhões e a maior parte desses recursos reforçou o caixa da varejista. Com faturamento líquido de R$ 4,8 bilhões em 2010, a meta é usar o novo fôlego financeiro para expandir a rede e chegar aos R$ 15 bilhões em quatro anos.
A operação do Magazine Luiza chega com pelo menos três anos de atraso. Cogitada desde 2008, foi atropelada pela crise financeira mundial, que derrubou as bolsas de valores em todo o mundo. No entanto, a necessidade de fortalecer o caixa para enfrentar a concorrência cada vez mais acirrada no varejo persistia. Com pouca bala na agulha, Luiza foi atropelada pelo Pão de Açúcar no fim do primeiro semestre de 2009, na reta final da disputa pelo Ponto Frio. Faltou-lhe dinheiro e sobraram mágoas em relação a seu parceiro estrangeiro, o Capital Group, que adquirira, em 2005, uma fatia de 12,3% do capital do Magazine, por US$ 70 milhões.
Na hora H, o Capital não teria fornecido os recursos necessários. Agora, sua participação foi diluída. O episódio, seguido pela fusão do Pão de Açúcar com a Casas Bahia, no segundo semestre daquele mesmo ano, fez com que Luiza se convencesse de que era preciso preparar o Magazine para a capitalização em bolsa. Esse caminho passava pela profissionalização da empresa, que começou há cerca de dois anos com a contratação do atual superintendente da rede, Marcelo Silva, e do diretor de finanças, Vitor José Fabiano, que fora um dos arquitetos do bem-sucedido IPO da Visanet (atual Cielo).
“É necessário que se coloquem em prática medidas de governança corporativa, de processos, de gestão, de sistemas”, disse Fabiano ao assumir suas funções. A companhia seguiu a cartilha e listou-se no Novo Mercado da Bovespa, o mais exigente em termos de governança corporativa. A ação estreou em alta de 2,81% na Bovespa, a R$