A Parábola do filho pródigo. Nesta parábola o pai é um homem rico, dotado de grande coração, cheio de amor, generoso e franco para com seus filhos, e, sem dúvida, a imagem de Deus, tal como é revelada em Cristo. Os dois filhos representam a humanidade. Neles vemos dois tipos diferentes. A diferença não reside em que um seja piedoso e o outro ímpio, porque no fundo todos os homens são, por sua natureza, sem Deus, e não podemos dizer que uns são puros e outros impuros, porque todos são impuros. Não se pode comparar uns a plantas venenosas e outros a rosas perfumadas. Não, todos são pecadores. Mas temos aqui os dois grandes caracteres do pecado na humanidade. O filho mais velho tem um caráter tranqüilo; cumpre os deveres de uma vida de trabalho diário, em um caminhar honesto e virtuoso, segundo o homem. O mais jovem, ao contrário, parece ter um mau temperamento. Ele é passional, extremamente ativo, gosta de variedade e se sente atraído pelo distante e exótico. O mais velho representa o pecado em seu aspecto refinado; o mais jovem, o pecado em seu aspecto grosseiro. O pecado é o domínio da corrupção sobre o homem, mas se manifesta de maneira muito diferente conforme cada pessoa. O que chamamos virtude pode ser realmente orgulho, e o que o homem chama benignidade pode não ser mais que adulação ou covardia. A educação não pode mudar a natureza pecadora; a despeito do trabalho do amor do “Mestre perfeito, Judas se transforma em um “filho da perdição”.É no filho mais jovem que o pecado se manifesta primeiro: “ O mais jovem deles disse a seu pai: Pai, dá-me a parte da herança que me cabe.” Seria mister, querido leitor, que cada um de nós achasse, em certa medida, a imagem desse filho pródigo em nossa própria experiência; de outra maneira, ignoraríamos o sentido excelso desta parábola.
A parábola dos talentos. Quanto á conta dos talentos tem nesta parábola, a quem um homem encomendou diferentes conjuntos de coisa de valor: riquezas, para que negociassem