Madonna: atitude controversa
Madonna: atitude controversa.
A virgem e a prostituta.
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“Quando eu era pequena, minha avó costumava me suplicar para não sair com homens, amar Jesus e ser uma boa menina.
Cresci com duas imagens de mulher: a virgem e a prostituta”.2
Madonna
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Muito já foi dito e escrito sobre o mito Madonna, desde a mídia sensacionalista, mídia especializada, trabalhos acadêmicos e artigos de estudos sobre indústria cultural, gênero e etc.
Um estudo muito bem elaborado é o de Douglas Kellner em seu A cultura da mídia4 onde ele analisa Madonna como um símbolo dos tempos modernos e como um sucesso de marketing sem igual.
Nesse trabalho, pretendo analisar como Madonna se consolidou como modelo de mulher forte, independente, sedutora e revolucionária e como isso refletiu na sociedade dos anos 1980 e como é vista hoje, vinte e cinco anos depois, a partir de três reportagens da revista já extinta Bizz5 e dos estudos de Kellner.
O texto está divido em duas partes: Madonna de 1984 a 1993 e Madonna de 1994 a 2003. Optei por essa divisão baseada em duas apresentações de Madonna no MTV Music Awards, uma de 19846 e outra em 20037 nas quais são interpretadas duas versões da música Like a virgin (Madonna, Madonna 1983) e nota-se claramente sua diferença de postura, ainda, porém, com sua atitude controversa e chocante.
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Madonna: 1984-1993
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“É um sentimento sensacional ser poderosa. Lutei por isso durante toda a minha vida.
Acho que é essa a busca de todo ser humano: o poder”.
Madonna
Madonna Louise Verônica Ciccone lançou seu primeiro álbum em 1982 intitulado Madonna. A partir daí seguiu-se uma carreira de atitudes ousadas e polêmicas.
Seu objetivo era fazer sucesso e ter poder e ela conseguiu. Usou sua própria imagem para se promover. Apelando sexualmente e usando roupas extravagantes em seus shows e videoclipes ela mostrou a que veio.
Madonna