maconha 2 faby
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Revisão Científica: Maconha e Saúde MentalEfeitos da maconha no cérebro.
Essa não é uma discussão política nem apaixonada sobre a proibição ou legalização da maconha. Vamos questionar e debater apenas saúde.
Toda discussão envolvendo a maconha encontra defensores apaixonados e atacantes ardorosos. Poucos temas são tão polêmicos e com tão poucas evidências científicas de um lado ou do outro. Esse clima apaixonado pode levar a uma excessiva simplificação do debate científico e por conseqüência o debate público. Podemos ficar com a impressão ou que a maconha é uma droga muito leve e que deveria ser liberada ou por outro lado podemos avaliar que a maconha é uma droga extremamente perigosa e que deveria ser completamente proibida.
O objetivo de escrever essa revisão científica, dos efeitos psicoativos e comportamentais do uso da maconha, foi melhorar a qualidade das informações dos profissionais de saúde mental no Brasil e por conseqüência um público maior que eventualmente possa interessar-se por esse assunto. Nosso foco foi nos efeitos da maconha no cérebro. Evitamos o debate sobre a legalização dessa substância. Achamos que seria útil separarmos a questão da legalidade da questão da saúde. Como profissionais da saúde mental temos uma maior familiaridade com a metodologia e a ciência do comportamento e achamos que poderíamos contribuir nessa nossa área de especialização.
A lista dos autores dos textos completos relacionados a esse resumo estão no final. Os respectivos textos estão disponíveis no site da ABP.
Como é o consumo de maconha no Brasil ?
Temos um estudo muito importante, feito pelo CEBRID, que abrangeu todas as cidades com mais de 200 mil habitantes, num total de 107 cidades, que responde em parte, sobre o consumo de maconha no Brasil. O uso na vida, no total, exceto tabaco e álcool, foi de 19,4%, sendo a maconha a droga que teve maior uso experimental com 6,9%. As comparações do uso na vida de maconha, nas cinco regiões brasileiras foram