maconaima resuno

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Com uma adaptação da obra de Mário de Andrade, “Macunaíma” (1969) inova na estética do movimento “cinemanovista” ao incorporar elementos da chanchada (*eu nunca gostei, mas adorei esse filme), através da atuação/talento do “pequeno grande homem”, o ator Grande Otelo e também em transfigurar fatos da vida política que invadiu por todas as cenas o relato épico das andanças de seu protagonista entre as figuras da mitologia popular brasileira.
Macunaíma é um herói preguiçoso, safado e sem nenhum caráter (*ele parece muito comigo, mesmo porque outro dia me chamaram de perigoso, mesmo que até agora eu não tenha entendido o motivo). Mas o Macunaíma, de pura preguiça, só começou a falar aos seis anos de idade. Nasceu negro e virou branco (Paulo José), muito antes do Michael Jackson. O cara já era bem moderno e pop. Depois de adulto, deixa o sertão em companhia dos irmãos, vive várias aventuras na cidade, conhecendo e amando guerrilheiras e prostitutas, enfrentando vilões milionários, policiais e figuraças/personagens de todos os tipos.
Depois dessa longa e tumultuada aventura urbana, ele volta à selva, onde desaparecerá como viveu – antropofagicamente (*como queriam os modernistas). Um compêndio de mitos, lendas e da alma do brasileiro, a partir do clássico romance de Mário de Andrade. Um filme emblemático do final da maluca década de 1960, mas Macunaíma atualiza o legado do movimento Modernista e estabelece a tão buscada relação do Cinema Novo com o grande público.
No Festival de Brasília (1969), a comédia "Macunaíma" venceu nas categorias de melhor ator (Grande Otelo), melhor cenografia e figurinos (Anísio Medeiros), melhor roteiro (Joaquim Pedro de Andrade) e melhor ator coadjuvante (Jardel Filho). No Festival Internacional de Mar del Plata da Argentina (1970), venceu na categoria de melhor filme. Agora, ele está aqui na LITERATURA CLANDESTINA, só para

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