mackenzie
“[Albert von] Wallenstein, o maior de todos os condottieri,1 descobriu o segredo de manter um exército pagando-lhe com as contribuições cobradas nas províncias e cidades conquistadas e alimentando, vestindo e armando os seus homens nas suas próprias oficinas, fábricas e minas. Mas por detrás de Wallenstein estava, sabemô-lo hoje, um outro homem, cuja presença, por muito tempo oculta, só recentemente foi revelada: Hans de Witte, um calvinista de Antuérpia.... “Hans de Witte, apesar de professar o calvinismo até ao fim, era um péssimo calvinista....”. – H.R. Trevor-Roper.2
Trabalho pode ser definido como o esforço físico ou intelectual, com vistas a um determinado fim. O verbo "trabalhar" é proveniente do latim vulgar tripaliar: torturar com o tripalium. Este é derivado de tripalis, cujo nome é proveniente da sua própria constituição gramatical: tres & palus (pau, madeira, lenho), que significava o instrumento de tortura de três paus. A idéia de tortura evoluiu, tomando o sentido de "esforçar-se", "laborar", "obrar"3
Etimologia à parte, devemos observar, que o trabalho, apresenta as seguintes características:
a) Envolve o uso de energia destinado a vencer a resistência oferecida pelo objeto que se quer transformar – intencionalidade.
b) O trabalho se propõe sempre a uma transformação.
c) Todo o trabalho está ligado a uma necessidade, externa ou interna.
d) Todo trabalho traz como pressuposto fundamental, o conceito de que o objeto, sobre o qual trabalha, é de algum modo aperfeiçoável, mediante o emprego de determinada energia – esforço e perseverança.
Na Idade Média, há de certa forma, um retorno à idéia grega, considerando o trabalho – no sentido manual, (banausi/a), "arte mecânica", como sendo algo degradante para o ser humano,4 e inferior à (sxolh/), ao ócio, descanso, repouso, à vida contemplativa e ociosa (sxola/zw), por um lado, e à atividade militar pelo outro. Na visão de São Tomás de Aquino