Machado de assis
Machado de Assis, considerado um dos maiores escritores brasileiros, marcou o início do Realismo no Brasil com a publicação de sua obra Memórias Póstumas de Brás Cubas, em 1881. Após essa grande transformação literária, Machado de Assis publicou cinco romances realistas, sendo um deles o Dom Casmurro, livro que será abordado a seguir.
Em Dom Casmurro, Machado de Assis, diferentemente de suas outras obras, destacou a mentira, a dissimulação na família, o sentimento amoroso e doentio, a ambiguidade e a expressão do olhar. Trata-se de uma narrativa onde Bento, personagem principal, conta a trajetória de sua vida que se inicia em uma situação posterior a todo o restante do livro, o que gera "viagens" ao passado e ao presente, tornando a compreensão da leitura um pouco desconfortável e confusa. Além disso, no decorrer da narrativa, várias analogias são feitas, comparações com obras de Shakespeare, com trechos bíblicos, entre outros. Tudo isso foge um pouco do "realismo" presente na obra, o que torna a história muito longa, juntamente com a grande quantidade de detalhes presentes em cada capítulo do livro, além da desconfiança de Bento em sua amada o que nos deixa sem reposta sobre a suposta traição dela com o melhor amigo dele e a maneira como ele expressa essa situação faz também com que muitas pessoas acreditem que ele realmente tenha sido traído sem ao menos ouvir a versão dela.
Bento Santiago começa o livro narrando o momento em que estava em um trem, onde recebeu de um jovem poeta que estava recitando alguns versos a ele, o apelido de "Dom Casmurro", devido a sua grosseria de não ter o ouvido, daí o nome do livro.
Ao chegar em sua casa, ele conta que o livro foi feito com base nas suas recordações adquiridas na sua casa de infância localizada na Rua de Matacavalos no