macacos
A Primeira vez a gente não esquece...
Depois de ouvir os depoimentos dos amigos que já tinham passado pelo “batismo” de estagiário, finalmente chegou a minha vez de iniciar como narrador de verdade.
Combinei de me encontrar com a Paola na frente do HMU em Rudge Ramos às 9:00h e depois dos preparativos e dicas que ela me deu, iniciamos nossa missão nos quartos.
No primeiro apenas observei a abordagem e a forma como a Paola se conduzia durante a conversa antes de começar a contar a história.
Depois disso tomei coragem e pedi para narrar minha primeira vez... e foi maravilhoso, estava seguro e consegui falar bem naturalmente, sob os olhares atentos das ouvintes que estavam no quarto. Terminamos e após aquele “minuto de silêncio” em que as pessoas ainda estão absorvendo o que acabaram de ouvir, saímos bem devagarinho.
Passado esse impacto inicial, me senti muito a vontade e contei mais umas boas vezes - e olha que mesmo sem participar daquela aula de simulação que o nosso grupo fez – teve de tudo um pouco durante as narrações: celular tocando, recém-nascido chorando, enfermeiras cruzando à nossa frente, gente entrando e saindo dos quartos....e ainda assim consegui manter o foco na história. Ela estava sempre lá comigo, como uma passagem da minha vida que eu estava contando para os outros.
Para fechar com chave de ouro, contei a história pra duas médicas-estagiárias que estavam fazendo acompanhamento das pacientes nos quartos. Foi ali no corredor mesmo, contei assim “de pertinho”, olhando bem nos olhos das duas e pude percebê-los brilharem ao ouvir cada passagem. Quando terminei percebi a força e a grandeza desse projeto tão maravilhoso e especial, que nos permite sermos - pelo menos por alguns instantes - instrumento de conforto e paz.
Agradeço por ter a oportunidade de levar um pouco dessa “brisa quente”(como diz o Abreu)... e por receber muito mais do que estou oferecendo!!!