LUZES E SOMBRAS: FREUD E O ADVENTO DA PSICANÁLISE
Freud, fundador da psicanálise, publicou a maioria de suas obras no século passado, tendo várias tendências da cultura européia dos séculos XVIII, XIX e XX. Nasceu em Freiberg (atual Pribor, na Republica Tcheca) e mudou-se com a família para Viena, ainda pequeno, local que só deixou após a ocupação nazista. Doente e idoso instalou-se em Londres, onde faleceu após um ano.
Sua obra possuiu conceitos abstratos, distantes da experiência empírica; é o que ele designa como “metapsicologia” – a dimensão mais teórica da teoria. É necessário, assim, conhecer algumas informações biográficas de seu fundador, já que ela é muito ligada à vida pessoal de Freud, sempre observador e investigador dos processos psíquicos, principalmente os sonhos, analisados sistematicamente a partir de 1895 quando escreveu “A interpretação dos sonhos”, um dos mais importantes livros de sua trajetória.
O mesmo acontece com o complexo de Édipo, no qual Freud consegue observar conteúdos da sexualidade infantil de seus pacientes, e, junto as suas próprias lembranças infantis, reconhece um complexo de fantasias e sentimentos de caráter universal.
Formação intelectual e profissional de Freud
Freud nasceu em família judia e, embora agnóstico, ou seja, não possuía uma religião específica, mas acreditava em Deus, considerava que certas realidades são incognoscíveis, neste caso a existência de Deus. Tal fato fora extremamente marcante para a psicanálise. A ligação ao judaísmo é importante para explicar alguns movimentos da trajetória Freudiana, como:
• A carreira universitária lenta devido ao antissemitismo;
• O repertório cultural e afetivo adquirido por Freud;
• O sólido conhecimento da bíblia, adquirido na educação judaica, na qual encontrou uma familiaridade com procedimentos e técnicas para interpretar os textos sagrados;
• O humor judaico, também apreciado por Freud, que influenciou livros como “O chiste e suas relações com o inconsciente” (1904);
Nos anos de juventude, sua