lutero
A acusação protestante não tem o mínimo fundamento, pois a indulgência é o perdão dado por Deus às penas temporais devidas pelo pecado cometido, confessado e perdoado, pela prática de uma boa obra, e pela aplicação dos méritos infinitos de Cristo e dos santos. QUEM CONCEDE ESSE PERDÃO É DEUS, E PORTANTO ESSE PERDÃO -- A INDULGÊNCIA -- NÃO PODE SER VENDIDA NEM COMPRADA! Deus não se vende, não se suborna e não se compra.
Todo pecado é uma ofensa a Deus, que pode ser perdoada mediante confissão.
No entanto, apesar de perdoado, o pecado exige uma reparação no tempo, que é propriamente a satisfação ou penitência. Esta reparação não é perdoada na confissão, pois só pode ser atingida pelo esforço pessoal do pecador arrependido, praticando boas obras.
Vejamos um exemplo que deixará esta verdade mais clara: um garoto desobedece a mãe, numa ordem legítima. Ao ser repreendido pelo pai, o menino pede desculpas à mãe. Foi perdoado? Não há dúvida que sim. Porém, se nenhum castigo for imposto à criança, ela logo perceberá que é simples se "arrepender" desta forma, pois não lhe foi imposta nenhuma penitência, e não lhe foi exigido nenhum esforço para se emendar do pecado. Na primeira oportunidade desobedecerá novamente, pois compreendeu como foi fácil sanar sua falta, sem precisar corrigir o que havia feito.
Da mesma forma o pecador arrependido, perdoado por Deus, deve realizar alguma obra que lhe exija sacrifício, para satisfazer a justiça e reparar o dano. Isso é muito claro no caso do roubo, que deve ter o bem roubado restituído, além do arrependimento.
Para o pensamento protestante, o ladrão rouba, se "arrepende", acha-se perdoado, mas não precisa devolver o que roubou!
A restituição é parte fundamental da penitência: ou aqui na terra, ou no purgatório, se a pessoa morreu com estas penas temporais não pagas. E as obras que servem para obter indulgências são definidas pela Igreja, que é a única instituída por