Luta antimanicomial, redução da maioridade penal e resolução cfp n° 001/99, de 22 de março de 1999
Curso: Psicologia
Disciplina: História da Psicologia
Semestre: 2010.2
Turma: 1003
Leonardo Hack
Luta antimanicomial, redução da maioridade penal e Resolução CFP N° 001/99, de 22 de março de 1999
O presente trabalho trata de pesquisa sobre Luta antimanicomial, redução da maioridade penal e a Resolução CFP N° 001/99, de 22 de março de 1999.
Luta antimanicomial
1) Histórico
Manicômios, hospitais psiquiátricos ou asilos são instituições especializados em tratamentos de patologias e/ou transtornos mentais. A história dessas instituições remonta desde o ano de 1247, em Londres, quando fora fundado o primeiro hospital psiquiátrico, o Bethlem Royal Hospital, caracterizado pelas práticas extremamente desumanas que dispensava aos internos, tratamentos como acorrentamento às paredes e chão de pacientes considerados violentos ou perigosos; a ponto de cobrar entradas para que a população pudesse observá-los em suas celas e ainda era permitido que os visitantes levassem varas para cutucar os doentes[1] .
No final do século XVIII, sob a influência direta da Revolução Francesa e da declaração dos direitos do homem nos Estados Unidos, ocorrem denúncias contra as internações arbitrárias dos doentes mentais e seu confinamento junto com as demais pessoas marginalizadas socialmente, e contra as torturas perpetradas. Logo se inicia um movimento de reforma em países como a França, Inglaterra e Estados Unidos, culminando com a criação do manicômio, um espaço que seria destinado para os loucos, que, então, seriam separados das outras pessoas que eram encontradas nos asilos e receberiam cuidado psiquiátrico sistemático. O manicômio surge no final do século XVIII como local para ser "tratada" a loucura, com ocultamento e exclusão, com vistas a uma "cura", de acordo com a ordem fundada pelo médico francês Philippe Pinel, a qual representa o marco inaugural