Luiz Carlos Orsini
As grandes coberturas planas foram construídas a partir de métodos baratos de fabricação de aço e do desenvolvimento do concreto armado. Se comparadas com o domo, são mais simples de serem construídas e não desperdiçam a parte superior definido pelo domo.
A distribuição da carga de uma grade ocorre em duas direções: as vigas paralelas à viga sujeita a ação da carga envergam junto com ela, mas as vigas em ângulos retos sofrem torção a fim de acompanhar a deformação da viga que suporta a carga. Assim, numa grade retangular, as cargas são transmitidas para os apoios não apenas por ação de viga (flexão e cisalhamento) em duas direções, mas também por meio da torção, que torna mais rígido todo o sistema.
Grades obliquas, além das qualidades estéticas, tem vantagens estruturais e econômicas de utilizar vigas de comprimento igual, mesmo quando as dimensões dos dois lados da grade são diferentes, distribuindo de maneira uniforme a ação das cargas entre todas as vigas.
As placas ou lajes horizontais de concreto armado são as superfícies mais encontradas em pisos e em coberturas de edifícios, estruturadas tanto em aço quanto em concreto. Podem ser feitas com espessura mais fina do que as vigas.
Os domos são superfícies não-desenvolvíveis, não-achatáveis e também muito mais rígidas do que as superfícies desenvolvíveis.
Lajes com mais de 4,5 m precisam ser reforçadas com nervuras (o mais econômico). Nervi fez uso do ferrocimento (material com varias camadas de tela de arame soldadas e colocadas umas sobre as outras, permeadas com argamassa de concreto, uma mistura de areia, cimento e agua), onde o aperfeiçoou para construir fôrmas, onde o concreto era derramado para se obter lajes enrijecidas por meio de nervuras curvas, assim transferindo as cargas da laje para os pilares.
O ferrocimento permite a construção de elementos planos ou curvos com apenas 2,5 a 5 centímetros de espessura, com ótima resistência a tração e compressão. Material