As obras de Lord Byron são seu reflexo: sombrio, angustiado, individualista, boêmio e como um bom errante... ferozmente apaixonado. Não há como ler a estória do autor romântico e separá-lo da angústia e sarcasmo exposto em sua obra. Com essa provocativa leitura, Byron cria uma nova forma de inspiração e influência assim seus admiradores. Aventurar-se na vida, e ir contra as normas estabelecidas, olhando para si e rever a inutilidade em não se expor completamente aos exageros é um dos encantos de sua escrita. A rebeldia manifestada em sua obra, nos faz acreditar no terror e ao mesmo tempo na alegria extasiante de uma vida desregrada. Essa melancolia jorrada em palavras descrentes, a exaltação pela embriaguez e a morte, marca uma nova forma dos poetas revelarem-se. A facilidade que Byron encontrou pela sua beleza, desapego e sarcasmo na vida, impulsionou sua coragem em polemizar o terror de ser quem somos. Essa influência byroniana trouxe à escritores brasileiros um novo interesse pelo aspecto sombrio em suas obras, a influência da angústia existencial, o individualismo e encantos de suas personagens. Os heróis nas obras diante desse contato, tornam-se protagonistas e defensores da liberdade. A vitimização e o comportamento teatral para expressar seus desencantos e ceticismo marca a escrita com uma libertinagem amaldiçoada e uma paixão febril. Os românticos byronianos são amaldiçoados pela vida, e usam a morte como provocação à essa crença, deleitando-se exageradamente de todas as depravações e vendo-se como foco de desafio aos que se veem censurados. Assim Byron, o poeta maldito, cria diante de sua inquietante aflição uma literatura sombria e inegavelmente tocante.