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Entusiasmados com o crescimento das relações comerciais entre Rússia e América Latina, bancos privados russos poderão seguir o recente exemplo do Banco do Brasil, que vai abrir um escritório de representação em Moscou.
Interessadas em participar das operações de comércio exterior do país com a região latino-americana, as instituições financeiras privadas da Rússia planejam desempenhar parte do trabalho tradicionalmente executado pelas instituições governamentais.
Nos últimos dez anos, a cooperação entre a Rússia e os países da América Latina e do Caribe registrou um aumento significativo. “Na esteira das empresas comercias e industriais, os bancos também começaram a se interessar pela parceria com a América Latina”, disse em entrevista à Gazeta Russa a vice-presidente sênior do banco Interkommertsbank, Viktória Ermakova.
Paralelamente, o governo russo recentemente decidiu reorientar as atividades das missões comerciais russas no exterior e dar ênfase à vertente latino-americana. “Isso permitirá intensificar os contatos entre empresários russos e latino-americanos e vai consequentemente estimular os bancos russos a abrir suas agências, sucursais e subsidiárias na América Latina e Caribe”, continuou Ermakova.
A Rússia já tem um grupo de trabalho para cooperação interbancária e financeira com o Brasil, e o acordo de criar e com a Venezuela um banco russo-venezuelano para apoiar o comércio de armas entre os países. A Venezuela é a maior importadora de armas russas da América Latina e a segunda maior do mundo após a Índia.
O comércio bilateral entre a Rússia e os países da América Latina e do Caribe apresenta uma dinâmica positiva de um modo geral. Se, em 2006, o comércio bilateral com a região somava apenas US$ 7 bilhões, hoje em dia, o intercâmbio comercial apenas entre a Rússia e o Brasil chega perto desse valor.
“Esse crescimento é impulsionado pelas atividades do