Logística
O resultado confiável de um processo de medição não depende somente do meio/instrumento de medição que é utilizado
Todos os processos de inspeção/medição estão sujeitos a variações, sejam os resultados derivados dos meios de medição mais simples, puramente mecânicos como o de um micrômetro, de uma complexa Máquina de Medir por Coordenadas ou de um simples calibrador do tipo passa não passa. Com relação aos meios de medição podemos dizer que são avaliados em duas etapas distintas.
A primeira delas é determinar a incerteza de medição da calibração do meio/instrumento de medição, realizada por meio da operação denominada de Calibração. Após essa etapa podemos concluir se o instrumento de medição é adequado para realizar determinada tarefa de medição para o qual foi designado. Cabe ressaltar ainda que a incerteza da calibração é uma das fontes de incerteza para avaliarmos a incerteza do resultado da medição. Esta última incerteza é que deve ser comparada com a tolerância do produto a ser medido.
Na segunda etapa, procuramos determinar se o processo de medição ainda permanece "aceitável", isto é, se a sua incerteza de medição ainda é compatível com a tolerância do produto a ser medido, transcorrido um determinado período de tempo no qual o mesmo foi utilizado e, portanto, sujeito a alterações em seu comportamento metrológico, seja por possíveis desgastes e/ou folgas nas partes que constituem o mesmo ou por defeitos de funcionamento. Com as chamadas recalibrações, ou calibrações periódicas, estabelecemos a "estabilidade" do processo de medição.
No entanto, o resultado confiável de um processo de medição não depende somente do meio/instrumento de medição que é utilizado. Podemos nos perguntar: quais resultados obteremos se dois operadores medirem a mesma peça com o mesmo instrumento de medição, sob as mesmas condições ambientais, utilizando o mesmo procedimento? Serão esses