2.1 – O principal modo de transporte no Brasil é o rodoviário, respondendo por mais de 58% do volume de movimentação nacional de cargas, e 48% do transporte interestadual de passageiros. O grande volume movimentado e o fato de ser um dos modais com preço unitário mais elevado fazem com que este transporte de cargas tenha ampla representatividade nos custos logísticos do país. Ainda que a conservação das rodovias seja alvo de reclamações da maior parte dos executivos de logística, uma vantagem do transporte rodoviário é que ele chega a praticamente qualquer lugar, ao contrário de outros modais. Porém, apesar de ter uma das malhas rodoviárias mais extensas do mundo, o Brasil tem apenas 13% das rodovias pavimentadas, além de outras deficiências como, por exemplo, a geometria da via e sinalizações. As políticas públicas para a área de transportes passaram por períodos de baixos níveis de investimentos no setor e perda da capacidade de planejar as intervenções. Nesse contexto, o Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) representam uma busca pela retomada do planejamento nacional de transportes no país, apresentando uma visão de médio e longo prazo. O objetivo do plano é tornar contínuos os instrumentos de análise, sob a visão logística, para dar suporte ao planejamento de intervenções públicas e privadas na infraestrutura e na organização dos transportes, de modo a permitir que o setor possa contribuir para a execução das metas econômicas, sociais e ambientais do país, rumo ao desenvolvimento sustentável. As ideias apresentadas no PNLT e DNIT direcionam investimentos na matriz de cargas do país de forma a induzir o aumento da participação dos demais modais, sem deixar de expandir o modal rodoviário, aproveitando os potenciais e as particularidades próprias de cada um. Nesse sentido, buscando-se a adequação da malha rodoviária brasileira e o desenvolvimento nacional e regional,