Logistica
De acordo com Freire (1996, p. 11) “Não há saber sem pesquisa e pesquisa sem ensino”, validando tal teoria, vale destacar que o cotidiano do educador, bem como seus métodos e práticas é constantemente vigiado por pais de alunos, pela mídia, por críticos, pelo corpo discente, enfim, por toda a sociedade e que, pressionados por essa cobrança, alguns profissionais da educação acabam recorrendo a informações filtradas que resultam num conhecimento simbólico e não parte de um saber suficientemente teórico. Nessa linha de pensamento, Moço, Santomauro e Vichessi (apud RAPOPORT, 2008), explicam que “Eles (os profissionais da educação) buscam um referencial teórico, mas, como não conseguem se aprimorar acabam fazendo no dia-a-dia um trabalho intuitivo e equivocado.” Eis o problema, a teoria acaba sendo reinventada e não é para melhor!
Na ânsia de se mostrar atualizado quanto aos conhecimentos pedagógicos o educador tem se limitado a poucas informações, não se preocupando com o aprofundamento das idéias, do contexto histórico e teórico que gerou tal informação. Aliado a isso, Moço, Santomauro e Vichessi (2008, p. 12), ainda acrescentam que “Algumas expressões popularizadas no meio educacional são usadas hoje com um sentido muito diferente do que tinham originalmente, mostrando que muitos educadores estão se apoiando em idéias frágeis.” A maior conseqüência da falta de informações e da pesquisa superficial é a distorção das idéias reais do autor fadadas a um inevitável senso comum. A este respeito, Paulo Freire (1996, p. 22) muito contribui ao dizer que “A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo.” Ou seja, pouca pesquisa acaba sendo ainda pior que pesquisa nenhuma, pois ao invés de favorecer a prática pedagógica por meio de uma base teórica ela acaba provocando o inverso, que é o empobrecimento e a alienação da prática