Logistica
Sylmara Lopes Francelino Gonçalves-Dias escola de administração de empresas de são paulo – eaesp, fundação getúlio vargas – fgv, rua ribeiro do vale, 1058, cep 04568-003, são paulo, sp, brasil, programa de ciência ambiental – procam, universidade de são paulo – usp, e-mail: sdias@gvmail.br
v.13, n.3, p.463-474, set.-dez. 2006
recebido em 03/7/2006 aceito em 06/11/2006
Resumo
Um dos temas ambientais mais destacados na agenda de discussão sobre meio ambiente refere-se aos resíduos sólidos, sobretudo nos grandes centros urbanos. Várias publicações científicas têm tratado de fenômenos relacionados à geração, coleta, disposição e reciclagem do lixo urbano, verificando uma crescente preocupação com o destino da embalagem após o consumo. Este artigo pretende promover um diálogo entre a logística reversa e o ciclo de vida das embalagens; procurando avançar na compreensão das possibilidades, desafios e dilemas da gestão do fim da vida das embalagens. É analisado o caso da reciclagem da embalagem PET (Politereftalato de Etileno), de forma a problematizar os fatores impulsionadores e limitadores da expansão dessa estratégia de gestão ambiental no cenário brasileiro. Com múltiplas aplicações na produção industrial, o PET tornou-se, nos últimos anos, presença constante no cotidiano dos consumidores, colocando importantes desafios para o entendimento da complexa cadeia de reciclagem e das possibilidades de avanço de práticas e políticas de gestão ambiental. Foram adotadas diferentes estratégias para a construção do estudo de caso, envolvendo fontes secundárias produzidas por órgãos públicos e instituições especializadas além de entrevistas semi-estruturadas. Os resultados apontam que, apesar de existirem avanços significativos para o volume reciclado, ainda persistem importantes desafios a serem superados no que diz respeito às normas de regulação da cadeia reversa, às estratégias de