logistica
João Paulo Santos Araujo1
Resumo
Este artigo tem como preocupação a análise do modelo produtivo Toyotista no mundo pós-Fordista. A intenção é provar que o modelo, desde a sua origem, tem características semelhantes às que deram origem ao Fordismo nos Estados
Unidos e foi fundamental na substituição deste em sua decadência pelo modelo pós-Fordista. O estudo retrata a influência de tal modelo sobre aspectos socioculturais, políticos e econômicos na sociedade japonesa e, posteriormente, a replicação de seus elementos além das fronteiras do Japão. Além disso, o Toyotismo é aqui apresentado como o modelo que reestruturou o sistema capitalista e o manteve como sistema de acumulação vigente e a base da flexibilização da era pós-Fordista.
Para isso, serão utilizadas as ideias de Gramsci como base teórica para a discussão por acreditar que sua preocupação com a extensão das transformações dentro do ambiente de trabalho se estende às esferas sociais, políticas e econômicas da sociedade. A análise feita pelo autor sobre o Fordismo estadunidense servirá de alicerce para a abordagem do Toyotismo e suas consequências nessas esferas. O escrutínio aborda elementos produtivos, mudanças e características do trabalhador e a influência dessas mudanças nas políticas de governo. O ponto de partida para a análise é o Fordismo nos Estados Unidos e o nascimento de um novo sistema de acumulação por esse modelo ser o predecessor e a base do Toyotismo japonês.
Em seguida, o declínio do modelo e a crise de rigidez serão postos em foco para, por fim, apresentar o Toyotismo, a flexibilização da produção e as mudanças que o modelo trouxe ao sistema produtivo e social no mundo.
Palavras-chave: Toyotismo. Fordismo. Modo de produção. Flexibilização da produção.
1 Mestre em Relações Internacionais pela University of Kent, Canterbury, Reino