Logistica
Eriksom Teixeira Lima Paulo Faveret Filho Sérgio Roberto Lima de Paula*
* Respectivamente, economista, gerente e assistente técnico da Gerência Setorial de Estudos de Agroindústria do BNDES. Os autores agradecem os comentários de Paulo Roberto Esteves Grigorovski, isentando-o, contudo, pelos possíveis erros e omissões.
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Resumo
O debate sobre como aumentar a competitividade da economia brasileira tem dominado, nos últimos anos, as pautas privada, pública e acadêmica. Diversas proposições têm sido apontadas como soluções definitivas para os problemas de competitividade, agrupados normalmente sob a denominação genérica de “CustoBrasil”. No setor de agronegócios, em especial, as várias proposições sempre indicam a necessidade de reestruturação da matriz de transportes, com a priorização das hidrovias e ferrovias, de forma a corrigir um possível viés rodoviarista, o qual prejudicaria a competitividade da agroindústria nacional frente a seus concorrentes. Este artigo apresenta um sumário das propostas em discussão (os denominados “corredores de transportes”) e as estatísticas de transportes norte-americanas, comparando-as com as projeções realizadas no estudo Eixos de integração e desenvolvimento, realizado pelo BNDES e utilizado na confecção do novo Plano Plurianual 2000-2003 do governo federal, o “Avança Brasil”. Ao final, realiza-se uma análise que demonstra que a situação brasileira é equivalente à observada nos Estados Unidos e que os problemas existentes são prioritariamente de natureza regulatória, e não de falta de investimentos em novos, grandes e custosos projetos, que visam recriar aqui uma cópia da matriz de transportes norte-americana, sem que se obtenha a mesma eficácia, dadas as especificidades geográficas de cada país.
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Logística para os Agronegócios Brasileiros: O que É Realmente Necessário?
O debate nos últimos anos sobre como aumentar a