logica aristoteles
Lógica de Aristóteles
Aristóteles é considerado o fundador da lógica formal por ter determinado que a validade lógica de um raciocínio depende somente de sua forma ou estrutura, e não de seu conteúdo. Introduziu a análise da quantificação dos enunciados e das variáveis, realizou o estudo sistemático dos casos em que dois enunciados implicam um terceiro, estabeleceu o primeiro sistema dedutivo ou silogístico e criou a primeira lógica modal, que, ao contrário da lógica pré-aristotélica, admitia outras possibilidades além de "verdadeiro" e "falso". Na sua base encontra-se a doutrina do conceito que Sócrates havia anteriormente formulado. Conceitos, em sentido aristotélico, são noções gerais ou comuns abstraídas pela inteligência dos objetos sensíveis, ou seja, da percepção de realidades concretas e singulares. Opondo a invariabilidade do conceito à variabilidade da sensação e fundando a Lógica naquele, Aristóteles visava construir esta ciência numa base estável. Articulam-se (de forma afirmativa ou negativa) conceitos para formar o juízo de cujo encadeamento resulta o raciocínio. A Lógica de Aristóteles converge, assim, numa teoria do silogismo que ele define como raciocínio tal que, admitidas que sejam certas coisas, algo daí resulta necessariamente, só porque elas foram admitidas. Duas características fundamentais ressaltam na Lógica Aristotélica: o aspecto formal e o rigor dedutivo. Pelo aspecto formal entende-se, não que a lógica aristotélica ignore a realidade, mas que, seja qual for a matéria a que o nosso pensamento se aplique, três leis formais supremas condicionam, segundo Aristóteles, o seu exercício e garantem a sua validade. São elas: o princípio de identidade (dizer que o que é é, e o que não é não é, é verdade), o princípio de não-contradição (é impossível que algo seja e não seja ao mesmo tempo) e o do terceiro excluído (uma qualquer coisa, ou deve ser afirmada, ou negada). Pelo rigor dedutivo entende-se