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Céu, conhecido mais popularmente como paraíso, a morada dos anjos. Bem, eu sou um anjo, e não acho isso nenhum paraíso. Na verdade, eu estou mais pra cupido, não posso reclamar do meu trabalho, sou o melhor no que faço, meu chefe me ama e todos os outros cupidos me odeiam, então não posso reclamar. Eu sabia que por trás das férias que ganhei de meu chefe tinha alguma coisa, quer dizer, por que meu chefe me daria passagens de 30 dias para um cruzeiro na Via Láctea? Algo dentro de mim gritava: Pedro, aí tem coisa! Ah, me desculpem, esqueci de me apresentar, meu nome é Pedro Levitch, não sou exatamente a pessoa mais querida por meus colegas de trabalho, na verdade nunca fui. Quando cheguei aqui, todos me olhavam estranho, porque? Bem, se você resolver olhar a população celeste de cima, parecerá uma grande omelete. E eu, era um chocolate no meio da omelete. Traduzindo, quase todos aqui são loiros, altos, de olhos azuis, chega até a enjoar. Por isso, quando eu cheguei, eu era meio que “a novidade”, um anjo moreno, alto de olhos e cabelos castanhos, mas nunca me amarrei em nenhuma anja. O preconceito com os anjos era grande, e aumentou ainda mais depois que eu me tornei o melhor no ramo em que me designaram. Voltando ao assunto inicial, eu estava voltando das minhas maravilhosas férias de 30 dias, tudo pago, Via Láctea. Aí tinha coisa, e tinha mesmo, recebi um telefonema de meu chefe e ele queria me ver imediatamente, apressei-me a correr até o escritório. Me deparei com a “escada rolante”, dezenas de séculos de trabalho e eu nunca me dei bem com essa escada, ela parecia rir de mim, cada vez que eu me preparava para subi-la. Afastei-me para ganhar impulso, ajeitei as asas e pulei, estava chegando, parecia que finalmente iria conseguir, até que a velocidade aumentou, e eu fui arremessado contra a porta da sala do meu chefe. Levantei-me, ajeitei minha roupa branca estilo oriental, alisei as asas, e estiquei minha mão para tocar na maçaneta, assim