Livro - o que é industria cultural
Logo nas primeiras páginas podemos verificar a posição do autor em relação a esse modo de se fazer cultura. Para ele isso se transformou em um comércio, a cultura se tornou apenas um produto que pode ser adquirido por qualquer pessoa.
A crítica a esse modo de produção é ferrenha, Coelho faz questão de frisar há todo momento que a Indústria cultural é um veículo de alienação da população, ele cita que o modo como os veículos de comunicação funcionam hoje, não proporciona oportunidade para seu “consumidor” exercer seu lado crítico.
Para ilustrar o seu ponto de vista, ele cita grandes pensadores e autores como Karl Marx, Adorno e Horkheimer, e também lança mão de vários termos para ilustrar seu pensamento.
Esta obra leva o leitor a refletir sobre essa forma globalizada de cultura, onde em alguns lugares se dá mais importância para a cultura estrangeira do que a de seu próprio país.
Um livro que, embora escrito no início dos anos 80 e revisado em seu final, não deixa de ser atual, pois com mais de 20 anos após sua primeira publicação, ainda hoje trata da mesma situação de uma monopolização dos meios de comunicação e cultura, importação e estrangerização do nosso modo de pensar e agir.
Ele cita que a cultura de massa é baseada apenas no prazer, que diferentemente da de elite não traz informação relevante, mas sim passa essa falsa sensação. Para Teixeira e os autores citado por ele, a indústria cultural é formada por signos indiciais, que são efêmeros, passageiros, que não dão a menor chance para uma compreensão crítica, há apenas uma constatação superficial, gerando assim a alienação.
Esse título é da coleção Primeiros Passos, foi publicado pela editora Brasiliense e é um retrato fiel da cultura passada e demonstrada hoje em dia. Em suas 99 páginas, a obra traz um pensamento crítico e te faz