Livro A arte do planejamento
O fracasso em envolver consumidores na comunicação publicitária.
“As chances de encontrar uma solução ou encontrar a verdade, crescem à medida que mais perspectivas são levadas em conta”. Esta regra parte do ponto de vista do autor, formado em geografia, para explicar que, ao iniciar o processo de elaboração de uma peça publicitária é necessário, antes de tudo, traçar diretrizes, possuir uma perspectiva, ou seja, delinear os pontos que ajudarão no processo de desenvolvimento da campanha, uma espécie de triangulação, em que os pontos que se destacam indicarão uma marcação, a qual, quanto mais centrada, caracteriza a melhor solução no desenvolvimento de peças e campanhas.
Segundo o autor, existem três pontos a ser considerados pela propaganda: a perspectiva comercial do cliente, a perspectiva criativa da agência e as opiniões e valores das pessoas a quem a propaganda destina-se, sendo a perspectiva mais importante, a dos consumidores, afinal, a eles é direcionada a propaganda. Entretanto, deve-se considerar que, quando um desses pontos domina a situação causando prejuízo aos demais pontos, a eficiência da campanha estará, certamente, comprometida. Desta forma, faz-se justo buscar um equilíbrio entre ideias e valores de cada processo.
Uma propaganda não deve ser vista meramente como uma sequência de belos comerciais, mas, deve possuir objetivo programado com o fim de influenciar, como uma sutil reação na cabeça de alguém após ler, ver ou ouvir dada propaganda.
Uma forma eficiente de se comunicar com o consumidor através das campanhas, parte do princípio de não subestimá-los, mas dar a eles a chance de completar a mensagem, concluírem por si a natureza do conteúdo da mensagem.
A propaganda mais eficaz envolve o consumidor de duas formas distintas:
A primeira consiste em envolver os consumidores no processo de desenvolvimento da comunicação (idiossincrasias: sentimento, hábito, motivação, insegurança, valores, desejos).