Livro Próprio - Game, Set & Match
Eu sou Martin Rudinski, um tenista norte-americano que não vive nada disso. Eu não ganho todas as partidas, não estou no topo do ranking, não ganhei um Grand Slam e nem faço comerciais de marcas famosas. Na verdade, meu saldo de partidas é de 436 vitórias e 745 derrotas. É, perdi muito mais do que ganhei. O máximo que consegui foi ser um top 200, mas atualmente estou na 342ª posição do ranking da ATP. Tenho títulos, uns 15 – todos Challengers. O país onde eu nasci é um celeiro de grandes tenistas: McEnroe, Connors, Sampras, Agassi... E o último dos grandes, Roddick. O investimento dado para nos desenvolvermos é altíssimo, tudo vem desde a preparação para ingressar no juvenil, com bons técnicos, equipamentos, torneios de qualidade para jogar e fora outros aspectos, até que, caso tivermos fortes atributos para estarmos ali (saque forte, técnica elevada, bom controle de jogo e etc.), somos profissionalizados. Mas há os que nem mesmo jogam no juvenil e ainda assim partem para o tênis profissional. Eu sou um deles. Comecei em 2000, com 19 anos. Um verdadeiro garoto, cheio de vontade de brilhar no tênis, conquistar torneios importantes e ser o número 1. Vi o fim do tênis clássico com Hewitt, Federer, Sampras e Agassi para a entrada do tênis de força e resistência. Agora, em 2014, vejo que estou com 33 anos, amargurado pelas cicatrizes que as cirurgias feitas em mim me deixaram. Quatro lesões graves no ombro direito diminuíram ainda mais a qualidade do meu