Livro Cen Rios
Geração de Cenários em
Planejamento Estratégico
Eduardo Marques*
1988
*Ex-gerente no Departamento de Planejamento do BNDES.
C:\BNDES\Apresentacao\Livro-16.Vp - Abreu’s System - E-mail: abreussystem@uol.com.br
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APRESENTAÇÃO
O
BNDES foi pioneiro no aproveitamento da técnica de cenários no processo de planejamento estratégico. Antes de sua experiência, algumas empresas multinacionais importavam cenários de suas matrizes e alguns grupos nacionais de grande porte davam início aos estudos de cenários, em geral baseados em consultoria.
O ambiente nacional de grande incerteza no início dos anos 80 praticamente obrigou o Banco a introduzir um mecanismo no sentido de especular sobre de que forma essas incertezas poderiam influir sobre os rumos do país e, conseqüentemente, sobre o seu papel como banco de desenvolvimento e sobre os investimentos e resultados da empresa. Isso representou ainda uma oportunidade de exercício de um processo de participação intenso, já que os cenários foram elaborados a partir de uma pesquisa interna de visões de futuro, como uma etapa dinamizadora do planejamento estratégico conduzido pela Área de Planejamento/Deplan. Ao esforço interno se somaram os resultados de inúmeras entrevistas estruturadas, realizadas com personalidades do mundo acadêmico e empresarial e com consultores, dos quais os grupos de entrevistadores retiraram uma variada gama de informações, catalogadas em seguida em cenários sobre os quais se deveria trabalhar. A especulação sobre o futuro, com vistas a iluminar as decisões estratégicas, exige uma visão da totalidade do ambiente externo. No início dos anos 80, além das restrições externas, havia o processo de redemocratização, um evento eminentemente político. A metodologia dos cenários levou a uma análise sistemática dos atores proeminentes que à época influíam no desenho do futuro do país, empresários, grandes