Livre para cria e amar

Livre para criar e amar.
*Érica Flávia Motta

Lendo outras fontes, percebi em mim, o desejo de escrever sobre uma certa liberdade. Um carecer de uma quantidade de espaço livre. Falo isso em relação ao mundo adulto, mas principalmente na fase infantil.
Mas não é a liberdade negligente, onde tudo é permitido e ficam vazios os espaços onde devem existir limites. Ou seja, é aquela liberdade que permite a criatividade, a criação, o nascer de coisas, de sentimentos de emoções, de palavras e de objetos.
Ressalto essa importância, porque a sensação de poder criar, de sentir a potencia da criatividade, dá inicio a formação de um ciclo onde é possível se sentir apreciado ou amado. Dessa forma cria-se também a possiblidade de apreciar e amar as coisas fora de sí, e os outros.
Assim não é necessário invejar e nem destruir nada a seu redor, pois sente que possui a capacidade espontânea da criação, das particularidades de cada ser humano. É possível se aceitar como é e aceitar os outros como são.
A infância é a grande germinação desses sentimentos e capacidades, e os pais, os adultos, os educadores tem muita responsabilidade nisso. O pequeno ser precisa se descobrir livre para criar brincadeiras e até para criar pequenas “artes”, vivendo momentos sem a percepção de olhares rígidos.
Pois os adultos, por vezes querem decidir até como os filhos vão brincar. É uma forma de controle físico e emocional que não permite a liberdade da criança descobrir que existe e como existe. Esse controle, disfarçado de proteção, de zelo, se torna prejudicial e gera adultos inseguros, que até descobrem maneiras de se desenvolver, mas se tornam um tanto quanto fixados em comportamentos, pensamentos, e até manipuladores de suas emoções por acreditarem que deve ser assim.
Podemos até pensar nas regras sociais, e culturais, que nos beneficiam em muitos sentidos, mas que também nos engessam, nos fazem pensar que não podemos ou não temos direito a algumas coisas, alguns desejos...
Mas enfim,