literatura

Geraldo Vidigal foi soldado. Não soldado em tempo de paz, mas soldado que viu a guerra. E a viu de perto. E não uma guerra qualquer, ou revolução latino-americana, onde a ordem de grandeza não impõe respeito.
Geraldo Vidigal participou da Segunda Guerra Mundial, lutando como soldado do exército brasileiro nos campos da Itália. Diz a lenda que a cada obus alemão que explodia, Geraldo Vidigal xingava Getúlio Vargas, o então ditador brasileiro.
Geraldo não foi para a Itália como voluntária. Foi mandado pela polícia política, que providenciou sua convocação porque era líder estudantil na Faculdade Direito do Largo de São Francisco.
Geraldo Vidigal voltou da Itália e se fez poeta. Foi dos grandes integrantes da chamada “Geração de 45”.
Com versos consistentes Geraldo Vidigal construiu sólida poesia e, mais ainda, sólida reputação no panteão da poesia nacional.
Mas Geraldo Vidigal foi além. Foi dos maiores especialistas em direito bancário do país.
E foi um grande advogado, tendo trabalhado ativamente para a construção do sistema financeiro brasileiro atual, e para sua solidez.
Geraldo Vidigal, continuando a saga do pai, foi presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo.
E foi professor Catedrático da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco.
E foi membro da Academia Paulista de Letras.
Em todos os lugares e em todas as funções Geraldo Vidigal se destacou. Mas acima de tudo ele foi um homem.

Geraldo Vidigal
Geraldo de Camargo Vidigal nasceu em São Paulo (SP), a 18 de novembro de 1921. Ao lado de Péricles Eugênio da Silva Ramos, Domingos Carvalho da Silva e Carlos Burla maqui , participou da fundação da Revista Brasileira de Poesia, importante veículo da Geração de 45, e dirigiu outras revistas literárias, como a do Clube de Poesia, do qual foi presidente. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1945, ano de seu livro de estreia, Predestinação, prefaciado por Mário de Andrade.
É também contista e ensaísta. Em sua obra poética