Literatura pra que?
Elizeu Andrade Filho, aluno do CEEL/UERN
Em nossa vida cotidiana utilizamos a literatura em vários momentos, com tanta normalidade que até parece um dom inato do ser humano, lemos bulas de remédios, legendas de filmes, escrevemos cartas, bilhetes, e-mails, lemos números da loteria e até lemos livros. São incontáveis a utilização da literatura na nossa vida e dificilmente nós nos fazemos essa pergunta: Literatura para quê? Não obstante essa questão é de fundamental importância para quem ama e/ou precisa adentrar no universo das letras. É também muito mais difícil pensarmos num sentido para a literatura literária, que apesar de ter uma rica história e importância no mundo, é pouco discutida e muito pouco lida em nosso meio.
A Crescente digitalização da nossa época em parte facilitou o acesso à literatura, pois os livros digitais são fáceis de encontrar e podem ser levados a qualquer lugar em um tablet ou smartfone, livrando-nos de peso extra em viagens e até mesmo nas filas do dia a dia. A rede mundial de computadores ligou também o mundo a uma gama incalculável de informações, que facilitam as pesquisas principalmente para os alunos que cada vez mais usam esse meio para complementar seus estudos. Porém essa facilidade é uma faca de dois gumes, pois ao mesmo tempo em que se agilizar a buscar por informações, ela também pode viciar os alunos a cada vez menos ler obras completas, já que a internet fornece os resumos de tudo que é obra literária, diminuindo cada vez mais o interece nessa atividade tão magnífica que é a leitura de obras literárias.
Ao pensarmos na função da literatura, não poderíamos esquecer de Antônio Candido (2004), com seu argumento de que a literatura é um direito do ser humano, como o direito de se alimentar, de liberdade de ir e vir, direito a educação, no que ele irá chamar de bens incomprenssíveis, que também entre esses está o direito a literatura. Segundo o autor a literatura humaniza, por seu caráter de