Listas vermelhas
O Brasil é o 5º maior país do mundo, abrangendo uma área de 8,5 milhões de km², possuindo cerca de 3,5 milhões de km² de área costeira (Mittermeier et al., 2005). A primeira avaliação da situação de ameaça de componentes da biota brasileira ocorreu em 1964 pelo primatólogo Adelmar Coimbra - filho e o agrônomo Alceo Magnaninin que não só listaram espécies raras no país como também indicaram os principais fatores que ameaçavam a persistência dessas espécies.
Após essa avaliação surgiu à primeira lista vermelha do Brasil, publicada por José Maria Cândido de Carvalho (Carvalho, 1968), indicando 45 espécies da fauna brasileira como ameaçadas de extinção, tornando-se oficial em 29 de maio de 1968 pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal – IBDF. Outra lista oficial de fauna ameaçada de extinção foi publicada pelo mesmo órgão (deliberação normativa de 31 de maio de 1973), com um total de 86 espécies, essa lista foi revisada apenas em 1989 e ficou conhecida como “A lista do IBAMA”.
Em relação às listas de flora ameaçada de extinção, foi publicado na Legislação Brasileira de acordo com a Portaria no 122-P de 19/03/1985, que a coleta, transporte, comercialização e industrialização de plantas ornamentais, medicinais, aromáticas e tóxicas, oriundas de floresta nativa, dependem de autorização do IBAMA. As espécies mais comumente comercializadas são aquelas pertencentes principalmente às famílias Orquidaceae, Bromeliaceae, Cactaceae, Euforbiaceae, Dicksoniaceae e Araceae. Já a Portaria no 37-N, de 3 de abril de 1992, torna-se a Lista Oficial de Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção, sendo atualmente 107 espécies de plantas reconhecidas oficialmente nesta lista.
A lista oficial das espécies da fauna brasileira ameaçada de extinção de 2002 indicava 633 espécies (Paglia, 2005). Em 8 de novembro de 2005, seis espécies ameaçadas (cinco peixes e um molusco) foram reclassificadas como sobreexplotadas. Assim a