Lista schindler

A Lista de Schindler
This pin. Two people. This is gold. Two more people. He would have given me two for it, at least one. One more person. A person, Stern. For this.
Alta produção, com milhares de figurantes e atores que fizeram dele uma obra-prima do cinema, A Lista de Schindler é o relato de um dos mais negros períodos da história da humanidade. Após a invasão das tropas alemãs na Polónia, a comunidade judaica foi separada e obrigada a viver em ghettos em condições sub-humanas, uns tornando-se escravos, outros sendo mortos. E, no meio de tudo isto, um abastado industrial membro do Partido Nazi, inicialmente decidido a aproveitar-se da mão-de-obra barata que eram os Judeus, tornou-se num dos maiores heróis de todo o conflito, salvando a vida a milhares deles.
Creio que é impossível ficar-se indiferente a este filme, por tudo aquilo que ele representa. Não se trata de uma obra de ficção, mas sim de um retrato da realidade que se viveu durante a Segunda Guerra Mundial, com o extermínio de milhares de Judeus. Spielberg foi absolutamente brutal, como teria que ser, quando se decidiu a relatar esta história e o resultado é ao mesmo tempo um dos mais belos e horríveis filmes, que oscila, com enorme sensibilidade, entre momentos tocantes e momentos bastante violentos, Se, por um lado, estamos deliciados com a fotografia a preto-e-branco (que nos sugere a ideia de filme de época, porque nesse período era a preto e branco era tudo o que havia de cinema, mas também o lado mais sombrio da humanidade), por outro, é uma experiência muito dolorosa olhar para o ecrã e sentir quase a violência, a tristeza e o sofrimento na pele. E se por vezes a música de John Williams se torna tocante e enternecedora, logo depois o som seco de uma bala deixa-nos atónitos. Spielberg conduz a narrativa de A Lista de Schindler com incrível segurança e precisão, transitando entre os momentos mais suaves, enquanto acompanhamos a vida de Oskar Schindler na fábrica e no alto escalão do partido