A LISTA DE SCHINDLER
Filho de um industrial bastante rico, Oskar Schindler cresceu em uma família muito religiosa. Moravam em uma comunidade dos Sudetos que falava alemão. Casou-se aos dezenove anos com Emilie Schindler, mas após tornar-se alcoólatra, começou a trair a esposa, o que resultou em dois filhos fora do casamento.
Após o início da guerra, Schindler apropria-se de uma fábrica de panelas com o decreto que proibia os judeus de serem proprietários de indústrias. Assim, ele começa a criar fortuna rapidamente e a se relacionar com membros da Gestapo (Polícia Secreta do Estado) e da SS (Esquadrão de Proteção), que eram responsáveis por levar judeus até os campos de concentração.
Depois de contratar um contador judeu, Itzhak Stern, Schindler é convencido de que seria mais lucrativo para si se contratasse judeus para trabalhar em sua indústria. Assim, a fábrica expandiu e começou a produzir munição para os nazistas.
Schindler não tinha qualquer resistência ideológica ao nazismo, mas com o tempo desenvolveu grande repulsa e horror perante a insensibilidade e brutalidade da perseguição nazista à população judaica. Progressivamente, o objetivo egoísta de fazer fortuna em cima do trabalho dos judeus passou para segundo plano e Schindler passou a dar mais importância para o fato de salvar o máximo de judeus da perseguição nazista.
Quando Hitler lançou a campanha de “Solução Final”, onde iria transferir todos a população judia para os campos de extermínio, Schindler convenceu Amon Geth, comandante de um desses campos, a colocar os judeus que trabalhavam para si em campos secundários para que eles tivessem condições relativamente toleráveis.
Schindler e Stern, seu contador, passaram a noite escrevendo nomes de famílias judias que seriam transportadas para a Tchecoslováquia ao invés de irem para o campo de Auschwitz. Mais de 1.100 nomes compunham a lista e Schindler pagaria uma boa quantidade para Goeth, que seria o responsável para que o desvio da rota fosse bem