Lipovetsky e o superindividualismo
Segundo Lipovetsky, as mudanças na civilização consumidora têm sua evolução pautada em três grandes momentos: o primeiro deles foi o nascimento dos mercados de massa, seguido pela sociedade da abundância e consumo emocional.
O autor propõe que o momento inicial da era do consumo de massa começa em 1880 e termina na Segunda Guerra Mundial, uma vez que neste período surgem os grandes mercados nacionais, possibilitados pelo aumento da tecnologia e infraestrutura de transporte e comunicação. Além disto, as máquinas de fabricação contínua passaram a elevar a velocidade e quantidade dos fluxos, ou seja, aumentaram a produtividade com custos mais baixos, originando a produção em massa.
O capitalismo do consumo, mais do que técnicas industriais para produção em massa, é também uma construção cultural e social que reeducou os consumidores. No fundamento da economia de consumo, visava-se vender maior quantidade com fraca margem de ganho. Assim, a economia de consumo baseia-se na busca do lucro pelo alto volume e baixos preços de mercadorias padronizadas, obtendo alcance das massas, ou seja, gerando de certa forma uma democratização do acesso aos bens.
Assim, esta primeira fase inventou o marketing de massas e o consumidor moderno. A grande inovação foi o surgimento da