Linguagem e Persuazão
Adilson Citelli é Mestre em Letras e leciona na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. O propósito deste livro é discutir como a persuasão está inserida na linguagem, seja falada ou escrita e como ela se configura. Para isso indaga-se se é possível a existência de um discurso não-persuasivo. A sua resposta nasce de três afirmações. A primeira salienta que persuasão e mentira não são sinônimas. A segunda garante que a persuasão permite a livre circulação de idéias. A terceira lembra que se tem a possibilidade de imaginarmos que em certas áreas possa imperar uma natureza discursiva menos persuasiva, aberta.
Para chegar a esta conclusão, o autor permite-se utilizar de uma excelente fonte bibliográfica para dar sustentação aos seus argumentos. Utiliza-se de Aristóteles para argumentar como a retórica está presente na persuasão. A obra Arte retórica deste autor, demonstra uma linha de pensamento que sustenta a retórica como um corpus com um objetivo e método, que servem de base de sustentação para se persuadir Ela gera a persuasão. Porém, não pode ser confundida com a mesma.
No transcorrer do livro de Aristóteles somos apresentados, segundo ao autor, a quais regras gerais são aplicadas nos discursos persuasivos e também a sua composição. Depois desta discussão sobre retórica, dar-nos o seu primeiro conceito sobre o que é persuadir. Este é sinônimo de submeter, possuindo por isso uma vertente autoritária. A persuasão leva ao outro a aceitar uma idéia dada. O persuasor pode trabalhar de forma disfarçada, não usando a verdade, mas com algo que tenha uma aproximação de uma certa verossimilhança ou simplesmente a esteja manuseando. A retórica moderna se utiliza da metonímia, quando se quer usar um termo em lugar do outro e da metáfora, na representação de um designativo mas adequado.
Citelli prossegue a sua idéia falando da natureza do signo lingüístico, mostrando a dupla