Linguagem Visual

Teoria da Semiótica - Signos, significação
A Semiótica ou Semiologia nasceu do grego (semeiotiké) que significa a arte dos sinais e dos signos.
Por signo entende-se toda e qualquer coisa que substitua ou represente outra, é algo físico e que de certa forma é percepcionado pelos nossos sentidos.
Tudo o que se organiza sob a forma de linguagem (verbal ou não) é considerado estudo da Semiótica.
É a ciência que permite “ler/interpretar” o mundo. (Oliari, 2005)
No campo desta ciência, semiótica, duas figuras importantíssimas marcaram história o filosofo americano Charles Sandres Peirce (1839-1914) e o linguista suíço Ferdinand Saussure (1857-1913), que por muitos são considerados como os dois "fundadores" da semiótica e/ou semiologia.
Peirce como filósofo que era, preocupou-se com o entendimento que temos da realidade e da nossa experiência externa (do mundo que nos rodeia), e aos poucos, foi se apercebendo da importância da semiótica, e da sua relação estrutural entre pessoas, objectos e signos.
Peirce considerava o signo, como aquilo a que se refere e os seus utentes como como os três vórtices de um triângulo, em que cada um deles está intimamente ligado entre si, não podendo ser compreendido sem eles. (Fiske, 2002) Figura 1. Os elementos de Significação segundo Peirce
Os três termos usados por Peirce podem ser esquematizados como se encontra na figura acima. O signo refere-se a algo diferente de si mesmo, o objeto, e este é compreendido por alguém, ou seja tem um efeito na mente do “utente”- O interpretante. (Fiske, 2002)
É de referir que o interpretante não é o mesmo que “utente” para Peirce, este deve ser entendido como “ o próprio efeito significativo”, ou seja, um conceito mental produzido quer pelo signo, quer pela experiência que o utente tem do obejto.
Saussure, como linguista que era, interessou-se mais pela linguagem, e com a forma que os signos se relacionam com outros signos, centra a sua atenção no signo e não tanto no objeto