Linguagem do q
É impressionante o quanto as empresas investem em treinamento!
Pode-se perceber isso chegando a algumas portarias e recepções e vermos que o treinamento passou bem longe dali.
Tem porteiro de guarita empresarial que mais parece síndico de fronteira: com aquele olhar que chama o visitante de contrabandista, pergunta mais de uma vez com quem quer falar, de qual departamento é, e lhe deixa esperando pelo tempo que ele julga necessário, pois ali não é uma portaria e sim sua fronteira.
Alguns, por incrível que pareça, não conhecem grande parte das pessoas que são procuradas na portaria e chegam a dizer que o visitante deve estar enganado.
Acho que seria de boa educação quem convida, já deixar a portaria preparada para receber o visitante, mas quem convida, não tem a mínima idéia do “preparo” do funcionário da portaria.
Tem aquele tipo de porteiro “gualda”, que depois de lhe ver dando um duro danado para estacionar seu carro no estacionamento da empresa visitada, espera você chegar até a guarita e lhe diz: “Dotor, ali não pode estacioná não, o sinhor tem de parar do outro lado”. É impressionante o treinamento de espantalho que estes profissionais recebem.
Passou pela portaria, vai cair na recepção com a recepcionista “lixa”, sim aquela que, enquanto lhe atende, lixa as unhas nem olhando para quem está a sua frente, ou a recepcionista hiperativa, aquela que fica com alguém no telefone, onde se percebe que é um papo de comadres e fica falando, ouvindo e levantando a mão como guarda de trânsito pedindo para você esperar, pois a receita que ela está pegando por fone é mais importante que a visita.
Depois ela lhe pergunta se sabe chegar ao local do visitado. Você diz que não e ela, ao invés de lhe acompanhar, dá aquela explicação óbvia, dentro dos limites mentais dela, que lhe faz se perder por uns 20 minutos dentro da empresa, tendo de ir perguntando para mais umas 4 pessoas onde é a tal sala.