Lingua potuguesa
Para vivermos e nos comunicarmos, fazemos uso da linguagem e, como vimos, o código da língua pode ser normalmente mais rápido para expressarmos e convencermos alguém de nossas idéias, pensamentos, emoções, vontades enquanto desempenhamos diversos papéis e identidades sociais. Por isso mesmo é que, de acordo com esses nossos papéis sociais e situações de comunicação, fazemos um uso diferente da língua. A esses "tipos relativamente estáveis de enunciados", Bakhtin, um estudioso da linguagem, que viveu na Rússia, no século XX, denominou gêneros discursivos ou gêneros textuais. Gênero discursivo ou textual refere-se, portanto, a textos materializados em situações comunicativas recorrentes (que sempre acontecem) e que, por isso mesmo, exigem a expressão por meio desses determinados modelos, formas estáveis que nos auxiliam a nos expressar. É justamente pelas distintas práticas sociais desenvolvidas nos diversos domínios discursivos que sabemos que nosso comportamento discursivo num bar não pode ser o mesmo que numa igreja e que nossa produção textual na universidade não pode ser a mesma que numa revista de