Liguas artificias - Um excelente recurso literário

Introdução

Todo estudante de língüas provavelmente sabe que a lingüagem é um meio de expressão e comunicação entre pessoas, mediante o uso da palavra articulada, ou escrita, e que a mesma se remete à especificidade de um determinado grupo. Atualmente, temos muitas língüas por toda a extensão do planeta, algumas amplamente difundidas, como o inglês, ou faladas por muitas pessoas, como o mandarim. No entanto, existem algumas línguas que foram construídas ou modificadas a fim de desempenhar determinada função, como o Esperanto, que buscava a formação de um idioma que pudesse ser falado por todos os países, por exemplo. Estas língüas, algumas menos conhecidas e difusas, são chamadas de língüas artificiais.
Todo idioma reflete a cultura de determinado grupo e, portanto, categoriza sua visão de mundo, por isso, pode-se dizer que as língüas artificiais servem para categorizar as coisas conforme a necessidade do indivíduo ou grupo que dela se vale. Essa peculiar característica do idioma de categorizar as coisas dá às línguas artificiais inúmeras possibilidades de uso. Fiorin explica:

A língüa pode criar universos de coisas inexistentes. A atividade lingüística é uma atividade simbólica, o que significa que as palavras criam conceitos e esses conceitos ordenam a realidade, categorizam o mundo. Por exemplo, criamos o conceito de por-do-sol. Sabemos que do ponto de vista científico não existe por-do-sol, uma vez que é a terra que gira em torno do sol. No entanto, este conceito criado pela língüa determina uma realidade que encanta todos nós. (2002, p.56)

Este fragmento funcionou como ponto de partida para este trabalho, que busca mostrar, através de pesquisas bibliográficas e sítios virtuais não apenas o que é este tipo de língua, mas também compreender de que forma ela pode ser construída; como trabalhar com ela; explorar autores que usaram este artifício em suas obras e, claro, incentivar o estudo sobre língüas artificiais. No entanto o foco principal do mesmo