Libras-estrutura gramatical 2.1 aspectos estruturais
Na maioria do mundo, há, pelo menos, uma língua de sinais usada amplamente na comunidade surda de cada país, diferente daquela da língua falada utilizada na mesma área geográfica. Isto se dá porque essas línguas são independentes das línguas orais, pois foram produzidas dentro das comunidades surdas. A Língua de Sinais Americana (ASL) é diferente da Língua de Sinais Britânica (BSL), que difere, por sua vez, da Língua de Sinais Francesa (LSF). Ex. : NOME ASL LIBRAS
Além disso, dentro de um mesmo país há as variações regionais. A LIBRAS apresenta dialetos regionais, salientando assim, uma vez mais, o seu caráter de língua natural.
1.1 VARIAÇÃO REGIONAL: representa as variações de sinais de uma região para outra, no mesmo país. Ex.: VERDE Rio de Janeiro São Paulo Curitiba
2
MAS Rio de Janeiro São Paulo Curitiba
1.2 VARIAÇÃO SOCIAL: refere-se à variações na configuração das mãos e/ou no movimento, não modificando o sentido do sinal. Ex.: AJUDAR
CONVERSAR
3
AVIÃO
SEMANA
1.3
MUDANÇAS HISTÓRICAS: com o passar do tempo, um sinal pode sofrer
alterações decorrentes dos costumes da geração que o utiliza. Ex.: AZUL 1º 2º 3º
4
BRANCO 1º 2º 3º
2 ICONICIDADE E ARBITRARIEDADE
A modalidade gestual-visual-espacial pela qual a LIBRAS é produzida e percebida pelos surdos leva, muitas vezes, as pessoas a pensarem que todos os sinais são o ´desenho´ no ar do referente que representam. É claro que, por decorrência de sua natureza lingüística, a realização de um sinal pode ser motivada pelas características do dado da realidade a que se refere, mas isso não é uma regra. A grande maioria dos sinais da LIBRAS são arbitrários, não mantendo relação de semelhança alguma com seu referente. Vejamos alguns exemplos entre os sinais icônicos e arbitrários.
2.1 SINAIS ICÔNICOS Uma foto é icônica porque reproduz a imagem do referente, isto é, a pessoa ou coisa fotografada. Assim também são alguns sinais da LIBRAS,