Libia
Após repressão de protestos, a União Europeia apela para que autoridades permitam a livre expressão e escutem o que pedem os manifestantes
A televisão pública da Líbia mostra imagens de manifestantes pró-governo para mascarar os protestos antigovernistas que acontecem no país (AFP)
A União Europeia (UE) pediu nesta quarta-feira à Líbia que permita a "livre expressão" e evite o uso da violência contra os manifestantes, depois da repressão dos protestos de terça-feira na cidade de Benghazi. "Pedimos às autoridades que escutem a população que participa dos protestos e o que diz a sociedade civil", disse Maja Kocijancic, porta-voz da chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton.
Segundo as autoridades, os incidentes da noite passada em Benghazi deixaram 14 feridos. "Fazemos também uma chamada à calma e que se evite qualquer tipo de violência", disse a porta-voz comunitária. Os incidentes de Benghazi começaram quando forças policiais dispersaram pela força centenas de manifestantes que reivindicavam diante de uma delegacia a libertação de um militante de direitos humanos detido na cidade.
Mesmo após a libertação do militante, os manifestantes continuaram a gritar palavras de ordem contra o governo. Está convocada para a próxima quinta-feira outra manifestação contra o regime de Muammar Kadafi, que se somará às que também ocorrem em Irã, Iêmen e Bahrein.
Iêmen – Pelo menos quatro manifestantes foram feridos nesta quarta-feira no Iêmen durante novos confrontos entre estudantes que desejam a queda do governo e simpatizantes das autoridades, pelo quarto dia consecutivo. Outra mobilização reuniu na capital iemenita centenas de juízes que pediam a independência do judiciário e a renúncia de todos os membros do Conselho Superior Judicial, incluindo o ministro da Justiça.
Os partidários do presidente Ali Abdallah Saleh - no poder há 32 anos -, armados com cassetetes, facas e pedras, atacaram os estudantes na saída da