Leões
Resenha: Leões e Cordeiros [Lions For Lambs, EUA, 2007].
Em Leões e Cordeiros, de Robert Redford, observa-se um exemplo desta nova safra de produções.
O filme conta com três núcleos narrativos, cada um deles centrado em dois personagens, trabalhando o entrelaçar destas três histórias distintas, mas interdependentes. O primeiro núcleo é o político-midiático onde o Senador Jasper Irving (Tom Cruise) recebe a jornalista Janine Roth (Meryl Streep) em seu gabinete para lhe oferecer uma “exclusiva” sobre a nova estratégia norte-americana que está sendo implementada no Afeganistão e que poderia garantir a vitória dos EUA na Guerra ao Terror. Em segundo lugar temos o núcleo militar-combatente, no qual nos é narrada a trajetória de Ernest Rodriguez (Michael Pena) e Arian Finch (Derek Luke), dois amigos que servem junto aos Fuzileiros Navais [1] e são enviados na missão inicial da nova investida dos EUA contra o talibã em um ponto estratégico no topo das montanhas afegãs. No terceiro e último núcleo, o acadêmico-filosófico, o Professor Stephen Malley (Robert Redford) debate com seu aluno Andrew Garfield (Todd Hayes) os motivos das recorrentes ausências do discente às suas aulas de Ciência Política e porque o jovem teria desistido de “fazer a diferença”.
O filme é bastante denso, sendo composto basicamente por diálogos extensos, intricados e complexos, desta forma demandando redobrada atenção dos espectadores. As três narrativas correm de forma paralela, embora interligada: dentro de pouco mais de uma hora, embora em diferentes fusos horários, opera-se uma contagem regressiva para o fim da conversa do Senador Irving com a repórter Janine em Washington (leste dos EUA), para o término do debate entre aluno Garfield e o Professor Malley na Califórnia (oeste dos EUA) e para o fim da missão – isto é, a morte – dos soldados “Ernie” e Arian no Afeganistão (projeção dos EUA).
No que tange a cada um dos núcleos narrativos em separado, o