Leviatã (resumo)

RESUMO

A natureza criou os homens iguais em corpo e espírito, dissociando-os e tornando-os propensos a se destruírem e se atacarem, portanto, o homem vê então suas paixões conforme vive e adquire experiências.
Um homem dificilmente admite que outros são mais sábios que ele, em conseqüência de uma certa desconfiança, portanto, a única forma de um homem se proteger é antecipar-se mediante a força ou astúcia a tantos homens possíveis em um tempo suficiente para que nenhum outro poder o ameace.

“Essa é, pois, a natureza dos homens, que, mesmo reconhecendo a maior sagacidade dos outros, por serem mais eloqüentes ou mais cultos, dificilmente chegam a admitir que existem muitos outros homens tão sábios quantos eles: sua perspicácia está ao alcance da mão, enquanto a dos outros se encontra mais distanciada.” (HOBBES, p. 94, 1588-1679).

Cada homem deseja que outro homem o valorize tanto quanto ele se valoriza, existindo assim, três causas principais de disputa dentro da natureza humana: a competição, a desconfiança e a glória. A competição impulsiona os homens a se atacarem para conseguir algum benefício; a desconfiança lhes garante a segurança; e a glória, a reputação.
Na natureza não existe propriedade ou domínio, o seu ou o meu. Apenas pertence ao homem o que ele é capaz de obter e conservar. O homem, portanto, confirma as suas paixões baseando-se nas suas experiências, por exemplo, quando sai para viajar, se arma e prefere ir acompanhado; quando se recolhe para dormir tranca as portas e janelas de sua casa. Sendo isso o mesmo que desconfiar e acusar seus concidadãos e até o resto da humanidade, mesmo sabendo que estes são iguais a ele mesmo.
Conclui-se, então, que a vida do homem é solitária, pobre, curta e embrutecida. O homem é um ser “maldoso” sim, falando em grosso modo, pois quando, por exemplo, ele sobe de cargo na empresa onde trabalha, passa a ver as coisas de outro modo, com mais altura perante as coisas, dando a ele mais confirmações daquilo que