Levantamento do conhecimento sobre o potencial alimentício e medicinal de plantas ruderais em Campo Grande, MS
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
Disciplina de Etnobotânica
Docente: Célia Cristina Valero Souza
Levantamento do conhecimento sobre o potencial alimentício e medicinal de plantas ruderais em Campo Grande, MS
Mozart Sávio Pires Baptista, Bruna Monteiro Vieira, Édrita Talita Paim Cavalheiro, Kleber Santos Martins, Lucas Donizeti Pereira, Tatiana Macedo de Carvalho
UFMS, 2014
1. INTRODUÇÃO
Plantas que ocorrem em ambientes altamente perturbados pela ação humana são popularmente conhecidas como invasoras ou daninhas (Paleari, 2010). O uso desses termos é antropocêntrico e tem a intenção explícita de refletir uma espécie que vai contra os interesses humanos. Uma vez que plantas daninhas crescem onde não são desejadas pelas pessoas e seu uso é de sentido bastante prático, e não ecológico (Lorenzi 2008).
Para Moro et al 2012, o termo ruderal tem uma nuance ecológica, tratando das espécies, tanto nativas quanto exóticas, resistentes aos impactos antrópicos e que ocorrem em áreas degradadas. Em determinadas circunstâncias essas plantas são a única proteção de certos solos contra a erosão; são fonte de néctar, atraindo insetos parasitas e predadores de herbívoros, portanto, se mantidas próximo à canteiros poderão alimentar os inimigos naturais de plantas cultivadas, reduzindo ou evitando o uso de inseticida e herbicida; e ainda podem ser consideradas indicadores ecológicos, por desenvolverem-se com facilidade. Mas como o homem não é diretamente beneficiado por elas, moradores das cidades e agricultores consideram-nas indesejáveis, acreditando que representam problemas aos seus interesses.
Estão listadas 456 espécies invasoras/ruderais (três variedades, 458 taxa, 279 gêneros e 84 famílias - incluindo fanerógamas e pteridófitas), que ocorrem espontaneamente no Cerrado. 167 dessas espécies foram citadas como