Ler e escrever não só nas aulas de portugues
SUZANA OLIVEIRA BATISTA VALE
No Brasil até o inicio do século XIX a leitura foi considera uma atividade criminosa, o povo brasileiro somente passou a ter acesso à educação escolar a pouco menos de cinquenta anos, essa evidencia caracteriza as dificuldades que encontramos hoje em aprender a ler e a escrever corretamente o Português. O nosso idioma sofreu influencia dos primeiros colonizadores portugueses analfabetos, da língua falada pelos índios e dos escravos trazidos de várias regiões da África, esse Português originário dessa miscigenação de línguas, aprendido pela grande parte da população brasileira que esteve durante muito tempo fora da escola, difere-se do português falado pelas elites.
As universidades foram criadas em meados do século XX e a ciência da linguagem apenas a cinquenta anos se faz presente no universo acadêmico. O novo conhecimento da linguagem nos revela que falamos uma língua parecida com o Português e por razões de política cultura temos que aprender a ler e a escrever no idioma oficial que é o Português essa constatação nos permite deixar de culpar a escola como também a escola de culpar nós mesmos, por não termos aprendido a ler e escrever com precisão.
Assim como a língua estrangeira, o ensino do Português deve partir da familiarização, e isso acontece através da prática constante de leitura e escrita, como também da compreensão dos processos de construção das palavras e de todos os elementos gramaticais que constituem a língua escrita. A sala de aula é um lugar de criação de vinculo a leitura e o professor é o mediador desse processo, a biblioteca da escola se apresentar como lugar de cultivo pessoal do vinculo estabelecido, caracterizando-se pela magia da descoberta de um tesouro inesgotável do conhecimento construído historicamente.
Através da atividade de leitura orientada pelo gosto e pelo prazer de atribuir sentido a um texto o aluno é inserido no universo da cultura letrada,