LER/DORT
No século XVI, já se descreviam as primeiras relações entre trabalho e doença, mas apenas em 1.700, no século III, foi que se chamou atenção para as doenças profissionais, quando o italiano Bernardino Ramazzi publicou o livro De Morbis Artificum Diatriba ("As Doenças dos Trabalhadores").
Nesta obra, ele descreve, com extraordinária precisão para a época, uma série de doenças relacionadas com mais de 50 profissões diferentes.
Diante disso, Ramazzi foi cognominado o "Pai da Medicina do Trabalho", e as perguntas clássicas que o médico faz ao paciente na anamnese clínica, foi acrescentado mais uma: "Qual a sua ocupação?".
O advento da Revolução Industrial ocasionou o surgimento das fábricas, as quais passaram a empregar grande parte da população, multiplicando as ocupações e trazendo, como consequência, uma série de problemas de saúde. Com isso, surge também a necessidade do médico entrar nas fábricas e dedicar atenção ao trabalhador e as condições de trabalho.
Na Inglaterra, berço da Revolução Industrial, já em 1830 apareciam os primeiros médicos de fábrica.
Histórico
Em 1713 Bernardo Ramazzini, descreveu um grupo de afecções músculo esqueléticas entre as quais a encontrada em notários e escreventes que, acreditava ele, ser pelo uso excessivo das mãos no trabalho de escrever.
Esta doença que mais tarde foi chamada de “cãibra do escrivão” ou “paralisia do escrivão”, segundo Ramazzini era secundária a três fatores básicos que, em seu conjunto, influenciava de maneira determinante o seu aparecimento. Eram eles:
a) Sedentarismo
b) Uso contínuo e repetitivo da mão em um mesmo movimento
c) Grande atenção mental para não borrar a escrita.
Caracterizava-se esta doença por uma sensação de parestesia (frio, calor, formigamento, pressão) de membros superiores acompanhada por sensação de peso e fadiga nos braços, podendo ainda estar associada a dores cervicais e/ou lombares.
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