Leptospirose
Os reservatórios da doença são animais domésticos e silvestres, cabendo ressaltar que “os roedores desempenham o papel de principais reservatórios da doença, pois albergam a leptospira nos rins, eliminando-as vivas no meio ambiente, e contaminando água, solo e alimentos” (Guia de Vigilância Epidemiológica, 2010). Assim, áreas com elevada população de ratos e sujeitas à ocorrência de enchentes não devem ser consideradas como as únicas de risco de leptospirose, mas também aquelas destinadas ao depósito de lixo, por exemplo, nas quais existe uma quantidade muito grande de roedores e há o contato de pessoas com aquele ambiente. O controle de doenças, como a leptospirose, baseia-se em intervenções sobre um ou mais elos conhecidos da cadeia epidemiológica que sejam capazes de vir a interrompê-la. Entretanto, a interação entre o homem e o meio ambiente é muito complexa, envolvendo fatores desconhecidos ou que podem ter se modificado no momento em que se desencadeia a ação. Assim sendo, os métodos de intervenção tendem a ser aprimorados ou substituídos, na medida em que novos conhecimentos são aportados. Diante disto, um trabalho desenvolvido no campo da Geografia da Saúde, elaborado com o auxílio de ferramentas disponíveis em Sistemas de Informações Geográficas, passa a exercer importante papel, tanto para a busca de elementos que auxiliem no entendimento da espacialidade desta enfermidade em diferentes escalas (nacional, estadual, municipal e intra-municipal).
DESENVOLVIMENTO
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