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O que são valores?
Segundo Garcia Marino, “Os valores são aquilo que costuma pôr em movimento a conduta das pessoas; orientam a vida e a personalidade”. Uma vez que eles formam um esquema de condutas socialmente reconhecidas como corretas, podemos considera-los como guias de ação, pois eles dão sentido às nossas ações. Os valores exprimem aquilo que julgamos ser importante e significativo na nossa vida. Talvez possamos também definir valor como a apreciação que uma dada sociedade, ou cultura, faz a respeito de pessoas, objetos, ações, situações ou atitudes. Podemos então admitir que os valores só têm existência no seio de uma dada cultura ou sociedade. Assim, a sociedade em que estamos inseridos dará valor igual às mesmas coisas que outras sociedades?
Na nossa sociedade deparamos com um investimento enorme, quase narcísico, do corpo. Podemos verificar esse valor com os nossos rituais diários de higiene, ginástica, massagens, cuidados médicos, maquilhagem, entre outros. Será que foi sempre assim? Já na antiga Grécia se cultivava o corpo, “mente sã em corpo são”. Será que os valores foram sempre iguais, ou será que foram sempre valorizadas as mesmas coisas? Existirão valores que se mantenham ao longo de sucessivas gerações? Justiça, liberdade, amor, honestidade não serão valores que o tempo não destrói?
Hoje fala-se muito em crise de valores. Há valores que se mantêm, há outros que “morrem”. Mas não será que a morte de alguns valores possibilita o nascimento de outros valores? Afinal, o que é uma crise de valores? Significa que os valores antes tidos como os mais importantes, mais valorados, são atualmente menos importantes ou menos valorados?
A globalização económica, o individualismo e o relativismo, a par do progresso tecnológico, aceleraram a toma de consciência de crise de valores por parte da população. Por um lado esbateram-se ou já não existem mesmo critérios seguros para distinção do bem e do mal, do justo e do injusto, entre