vida
Pronto para desaparecer da minha casa, eu vou para um café e chamo minha irmã. Eu preciso falar com ela. Eu faço-lhe prometer que não vai contar a ninguém onde estou e fico com ela.
Minha irmã atende minha chamada e depois do abraço que eu preciso, me escuta. Eu digo uma parte da história, apenas parte que sei que deixaria sem palavras. Eu omito a parte do sexo e tal, porque Rachel é
Rachel! E quando as coisas não lhe agradam começa com ―Você está louca!‖, ―Você tem um parafuso solto!‖, ―Eric é um bom partido!‖ ou ―Como você pôde fazer isso?‖. No final eu me despeço dela e apesar de sua insistência não revelo para onde estou indo. Eu a conheço e sei que vai dizer a Eric que eu a chamei.
Quando eu consigo me separar da minha irmã, eu chamo o meu pai.
Depois de ter uma breve conversa com ele e fazê-lo entender que em alguns dias eu vou para Jerez e lhe explicarei o que acontece comigo, eu entro no carro e vou para o Valencia. Lá eu vou ficar em um albergue durante três dias de caminhada na praia, dormir e chorar. Eu não tenho nada melhor para fazer. Não pegue o telefone para Eric. Não... eu não quero.
No quarto dia eu entro no carro e eu estou mais relaxada em Jerez, onde o meu pai me acolheu de braços abertos e me deu todo o seu amor e carinho. Digo-lhe que o meu relacionamento com Eric se foi para sempre, e ele não queria acreditar. Eric me ligou várias vezes preocupado e, de acordo com o meu pai, esse homem me ama demais para me deixar ir. Pobrezinho.
Meu pai é um romântico incurável.
No dia seguinte, quando eu acordo, Eric já está