Leitura, uma questão familiar e social
O prazer pela leitura deve ser desenvolvido desde pequenos, momento em que temos uma grande facilidade para aprender e estamos conhecendo as coisas a nossa volta. No entanto, essa leitura não deve ser obrigatória, deve ser algo a fluir naturalmente com o incentivo dos pais, que devem dar exemplo. O contato com a leitura desde cedo pode trazer mudanças significativas para as crianças, proporcionando-lhe um melhor aproveitamento nos estudos e, futuramente, no trabalho também. Parece exagero? Nos Estados Unidos, por exemplo, a Fundação Nacional de Leitura Infantil (National Children's Reading Foundation) garante que, para a criança de 0 a 5 anos, cada ano ouvindo historinhas e folheando livros equivale a 50 mil dólares a mais na sua futura renda.
“Sempre fui de muito ler, não por virtude, mas porque em nossa casa livro era um objeto cotidiano, como o pão e o leite. Lembro de minhas avós de livro na mão quando não estavam lidando na casa. Minha cama de menina e mocinha era embutida em prateleiras. Criança insone, meu conforto nas noites intermináveis era acender o abajur, estender a mão, e ali estavam os meus amigos. Algumas vezes acordei minha mãe esquecendo a hora e dando risadas com a boneca Emília, de Monteiro Lobato, meu ídolo em criança: fazia mil artes e todo mundo achava graça”. (Luft, Lya. “O brasileiro não gosta de ler?”. Disponível em: http://veja.abril.com.br/120809/brasileiro-nao-gosta-de-ler-p-022.shtml. Acesso em:31/03/2013)
Como vimos acima, a família tem um papel essencial na vida de leitor de seus filhos. Mas o que fazer quando os pais não tem estrutura financeira para presentear a criança com um livro, e tão pouco estrutura psicológica e