LEITURA DO POEMA MARIA DIAMBA, DE JORGE DE LIMA, UMA VISÃO SOBRE GÊNERO E ESCRAVIDÃO

2852 palavras 12 páginas
LEITURA DO POEMA MARIA DIAMBA, DE JORGE DE LIMA, UMA VISÃO SOBRE GÊNERO E ESCRAVIDÃO

Em nossa leitura do poema Maria Diamba, vamos, em um primeiro momento apresentar/conhecer Jorge de Lima e verificar em que contexto histórico ele o escreveu, em um segundo momento vamos analisar a estrutura do poema de acordo com Norma Goldstein (2006), em sua obra Versos, sons, ritmos, para finalizar, vamos fazer uma leitura do poema de acordo com a teoria de escravidão e de gênero, embasada nos seguintes autores: Sandra Maria Job, em sua tese de doutorado Em texto e no contexto social: mulher e literatura afro-brasileiras e Gilberto Freyre, em sua obra Casa grande & senzala.
Antes de iniciar nossa análise se faz necessário saber quem é o poeta escritor e qual o contexto histórico que ele vivenciou em sua época. Jorge Mateus de Lima, carioca que nasceu em 1893, porém mudou-se para o nordeste quando tinha apenas nove anos, viveu em transição entre nordeste e sudeste até sua morte em 1953, no site Brasil Escola, em um texto escrito por Sabrina Vilarinho (2009), pudemos evidenciar essa transição no trecho:
Fez o ginásio e o segundo grau em Maceió. Logo após, com apenas 15 anos, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia na cidade de Salvador, contudo, concluiu o curso no Rio de janeiro no ano de 1914. Neste mesmo ano, estréia na literatura com o livro de características parnasianas “XIV Alexandrinos”. Já formado, exerce a medicina na cidade de Maceió, e também atua em cargos políticos e como professor.

Em nossa pesquisa, podemos evidenciar que Jorge de Lima não era um escritor convencional, pois, além de exercer várias funções como médico, pintor, tradutor, político e poeta escritor, também passou por vários contextos estilísticos como Parnasianismo e Barroco além de adotar regionalismo e catolicismos como uma temática em suas obras, e posteriormente ao longo do tempo o Modernismo.
Em termos gerais os estilos de época: Parnasiano e o Barroco, encaixam-se em um

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